Resultados baseados em informações obtidas no Adventist Health Study-2
Por: James Ponder, Loma Linda University News
Um estudo realizado por pesquisadores da Escola de Saúde Pública da Universidade de Loma Linda, nos Estados Unidos, e da República Tcheca descobriu que o tempo e a frequência das refeições desempenham um papel na previsão de perda ou ganho de peso.
Usando informações obtidas de mais de 50 mil participantes no Adventist Health Study-2 (AHS-2), os pesquisadores descobriram quatro fatores associados a uma diminuição no Índice de Massa Corporal: comer apenas uma ou duas refeições por dia; manter um jejum noturno de até 18 horas; tomar café da manhã ao invés de pular essa refeição; e fazer do café da manhã ou do almoço a maior refeição do dia. Fazer do café da manhã a maior refeição produziu uma diminuição mais significativa no Índice de Massa Corporal (IMC) do que fazer do almoço a maior. Os dois fatores associados ao maior IMC estavam em comer mais de três refeições por dia – os lanches foram contados como refeições extras – e fazer da ceia a maior refeição do dia.
Como uma estratégia prática de gerenciamento de peso, a pesquisadora Hana Kahleova recomenda tomar café da manhã e almoçar, pular a ceia, evitar lanches, fazer do café da manhã a maior refeição do dia e fazer jejum durante a noite por até 18 horas. Pesquisadora pós-doutoranda na Escola de Saúde Pública da Universidade de Loma Linda, quando o estudo foi conduzido, Kahleova é diretora de pesquisa clínica do Comitê de Médicos para Medicina Responsável em Washington, DC. Atualmente, está em período sabático no Instituto de Medicina Clínica e Experimental em Praga, República Tcheca, como pesquisadora pós-doutoranda e médica consultora de diabetes. Kahleova diz que as descobertas confirmam uma antiga máxima nutricional: “tomar café da manhã como um rei, almoçar como um príncipe e jantar como um mendigo”.
Intitulado “A frequência e o tempo da refeição estão associados ao Índice de Massa Corporal em Adventist Health Study-2”, o estudo foi co-escrito por Gary Fraser, professor das escolas de Medicina e Saúde Pública da Universidade de Loma Linda e diretor da AHS-2. Foi publicado como um avanço on-line em 12 de julho e aparecerá na edição de setembro de 2017 do Journal of Nutrition.
Além de Fraser e Kahleova, a equipe de pesquisa incluiu Jan Irene Lloren, MPH, Andrew Mashchak, MS e Martin Hill, DrSc. Lloren e Mashchak são bioestatísticos da Escola de Saúde Pública da Universidade de Loma Linda, e Hill é pesquisador do Instituto de Endocrinologia de Praga, República Tcheca.
De acordo com Fraser, independentemente do padrão de refeição, houve, em média, um aumento de ganho de peso ano a ano até que os participantes tivessem atingido a idade de 60 anos. Após os 60 anos, a maioria dos participantes experimentou uma perda de peso a cada ano. “Antes dos 60 anos de idade, aqueles que consomem calorias no início do dia tiveram menos ganho de peso”, disse Fraser, acrescentando que, após os 60 anos, o mesmo comportamento tende a produzir uma maior taxa de perda de peso do que a média. “Durante décadas, o efeito total seria muito importante”, afirmou.
A equipe empregou uma técnica chamada análise de regressão linear e ajustou seus achados para excluir fatores demográficos e de estilo de vida que pudessem distorcer os resultados. O texto completo do estudo – que foi apoiado por doações do Instituto Nacional do Câncer, do Fundo Mundial de Pesquisa do Câncer e do Ministério da Saúde da República Tcheca – está disponível em inglês no link https://goo.gl/3rKsZ9.
Fonte: Adventist Review, julho 2017
Comments are closed