O jej­um é uma prática muito antiga, na maioria das vezes associada a práticas espirituais. O que muita gente não sabe é que o jejum também traz diversos benefícios para a saúde, por esse motivo está se tornando alvo de intensos estudos científicos.

Quando alguém deixa de comer por um ou mais dias, seu metabolismo muda de andamento diante do estresse. A multiplicação celular se torna mais lenta, e o processo de autofagia é ativado, ou seja, o corpo elimina as células velhas ou defeituosas e, geralmente, começa a se alimentar de suas próprias reservas de energia. Os genes que regulam essa reciclagem de organelas velhas ou malformadas foram identificados por Yoshinori Ohsumi, ganhador do Nobel de medicina deste ano.

Em outro estudo que teve início em maio deste ano, 20 jovens saudáveis, incluindo vários cientistas, chegaram a um instituto de pesquisa em Madri dispostos a passar um dia e meio sem comer. Antes disso, foram realizados exames de sangue e, 36 horas mais tarde, o exame foi repetido para garantir que não tinham ingerido nada em segredo. O objetivo do estudo era revelar os mecanismos moleculares por trás do jejum e seus benefícios para a saúde, especialmente como uma arma potencial contra o câncer.

Do ponto de vista científico, em estudos com animais o jejum parece proporcionar longevidade e uma saúde melhor e não requer tantas penalidades. E parece que alguns dos maiores e mais claros benefícios são obtidos pelos animais com tumores.

A escritora americana Ellen White já falava da importância do jejum e seus benefícios para a saúde há mais de 100 anos. Em seu livro, Spiritual Gifts, volume 4, ela fala da importância de dar descanso ao organismo por meio do jejum. “Jejuar por breve tempo, dando ao estômago oportunidade para descansar. Reduzir o estado febril do organismo por cuidadosa e inteligente aplicação de água. Esses esforços ajudarão a natureza em sua luta por livrar o organismo de impurezas”. (Ellen White, Spiritual Gifts, volume 4, p. 133, 134)

Em outros livros, como Testemunhos para Igreja e a Ciência do Bom Viver, a escritora ainda tem conselhos sobre o assunto. Segundo ela, as pessoas seriam mais beneficiadas pela abstinência de alimentos por um dia ou dois cada semana, do que por qualquer quantidade de tratamento ou conselho médico. Para Ellen jejuar um dia por semana tem um incalculável benefício.

White também fala do jejum realizado comendo apenas frutas. “Um regime de frutas por alguns dias tem muitas vezes produzido grande benefício aos que trabalham com o cérebro. Muitas vezes um breve período de inteira abstinência de comida, seguido de alimento simples e moderadamente tomado, tem levado à cura por meio dos próprios esforços recuperadores da natureza”. (Ellen White, A Ciência do Bom Viver, p. 235)

A mensagem de saúde adventista revelada há mais de 100 anos é comprovada pela ciência.

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